domingo, 6 de março de 2016

Integração Sensorial

Integração Sensorial

Sabemos que é através dos sentidos que vamos interiorizando informações e que vamos percebendo o mundo que nos rodeia. Quando estes falham ou ficam alterados, o acesso ao mundo fica perturbado não possibilitando a correta percepção e interação.
A integração sensorial é então o processo pelo qual o cérebro organiza as informações, de modo a dar uma resposta adaptativa adequada, organizando assim, as sensações do próprio corpo e do ambiente de forma a ser possível o uso eficiente do mesmo no ambiente. As nossas capacidades de processamento sensorial são usadas para a interação social; o desenvolvimento de habilidades motoras e para a atenção e concentração.
O PROCESSAMENTO SENSORIAL inclui a recepção de um estímulo físico (Registo Sensorial), a transformação do estímulo num impulso neurológico (Orientação), e a percepção (Interpretação), ou seja, o consciente experiência as sensações e em seguida Organiza uma resposta adaptativa adequada e executa-a. As funções de processamento sensorial ocorrem num continuum e de uma forma rápida e inconsciente. (Um exemplo deste processo é a reação após tocar numa superfície quente)
Todos temos dificuldade em processar determinados estímulos sensoriais (um certo toque, olfacto, paladar, som, movimento, etc) e todos temos preferências sensoriais. Só se torna um transtorno do processamento sensorial, quando estamos em extremos do continuum, ou seja, torna-se uma "experiência perturbadora”, com flutuações imprevisíveis e com um impacto significativo sobre a capacidade de desenvolvimento ou funcionamento diário.
É essa ruptura que gera uma disfunção neurológica chamada Distúrbio do Processamento Sensorial.
Quando existem distúrbios sensoriais, podem afetar negativamente o desenvolvimento e as habilidades funcionais, quer sejam no comportamento, motoras, cognitivas, quer sejam ao nível emocional.
De acordo com Kranowitz (2005), a predisposição genética, as circunstâncias pré natais a prematuridade,  a excessiva ou insuficiente estimulação, períodos longos de hospitalização ou institucionalização, são algumas das prováveis causas de alteração do processamento sensorial
 Uma Perturbação Sensorial poderá:
- Afetar o comportamento da criança (ex: impulsivas, desatentas, distraindo-se facilmente);
- Prejudicar os seus movimentos (nível de atividade alto ou baixo, descoordenado ou desajeitado, caindo e tropeçando frequentemente);
- Influenciar a sua capacidade de aprendizagem (dificuldade em concentrar-se, perturbar-se com os ruídos, distrair-se com estimulação visual);
- Influir na sua relação com os outros e a sua auto imagem (dificuldade em relacionar-se com crianças da mesma idade, demasiado sensíveis ou críticos, demasiado ansiosos ou receosos, tendendo a isolar-se ou frustrar-se facilmente); Pode impedir uma criança de brincar e de experienciar as interações fundamentais para a aprendizagem e interação social.
O  medo, ansiedade ou desconforto que acompanha estas situações quotidianas podem perturbar significativamente as rotinas diárias no ambiente familiar. Além disso, os ambientes escolares e sociais podem conter estímulos físicos que muitas vezes causam sofrimento significativo a essas crianças.
Os pais podem ter dificuldades em lidar com os problemas decorrentes do processamento sensorial, muito antes das crianças ingressarem no ensino escolar! Estes distúrbios podem tornar-se mais evidentes quando a criança entra numa creche e podem persistir na idade adulta.
A função principal dos sistemas sensoriais é realizar a tradução da informação contida nos estímulos ambientais (externos e internos) para a linguagem do sistema nervoso (sentir calor, detectar odores desagradáveis, etc.).
As alterações podem ocorrer num ou em todos os sistemas sensoriais, incluindo táctil, auditivo, visual, gustativo, olfactivo, proprioceptivo e vestibular.
São esses sentidos que devem ser olhados com cuidado:
Táctil: o sentido do tacto; resposta dos receptores da pele sobre o toque, pressão, temperatura, dor e movimento dos pelos sobre a pele.
Auditivo: contribuição relativa aos sons, a habilidade de perceber corretamente, discriminar, transformar e reagir a sons;
Oral: Relativo à boca, a habilidade de perceber corretamente, discriminar, processar e responder aos paladares ou a estímulos dentro da boca;
Olfactivo: relativo ao cheiro, uma habilidade de perceber corretamente, discriminar, processar e responder a diferentes odores.
Visual: relativo à vista, a habilidade de perceber corretamente, discriminar, processar e responder ao que se vê.
Vestibular: situado no ouvido interno responsável sobre as reações ao movimento e equilíbrio.
Proprioceptivo: o sentido da "posição"; Como o cérebro interpreta a posição do corpo, peso, pressão, alongamento, movimentos e alterações na posição. A capacidade de perceber espacialmente, cada segmento corporal em particular ou o corpo como um todo, tanto em situações estáticas, como nas atividades que demandam movimento (dinâmicas).
Todos temos alguns tipos de preferências sensoriais e talvez até leve um caso de "disfunção". No entanto, é a frequência, intensidade, duração e impacto funcional desses sintomas o que determina a disfunção.
Muitas crianças com alterações sensoriais a nível táctil, usarão somente as pontas dos dedos, quando brincam com areia, cola, tinta, comida. Assim, seu jogo é limitado tal como a sua capacidade de exercer experiências de aprendizagem. Podem ficar com medo, evitar atividades, retirar, ou atuar como seu corpo responde. Tem tudo a ver com a maneira pela qual o sistema nervoso interpreta as sensações de toque e estimulação.
Para concluir, é importante reter que:
- A integração sensorial é uma desordem neurológica, não uma criança mimada, um produto de má parentalidade, criança desafiadora ou de uma doença mental!
- São reações a estímulos sensoriais específicos. É sobre como essa entrada é feita, organizada e utilizada para interpretar o seu ambiente e fazer o corpo reagir, pronto para aprender, mover, regular os níveis de energia e emoções, interagir e desenvolver-se adequadamente.
- Se conhece ou observa uma criança com um Distúrbio do Processamento sensorial. Quando os sintomas da disfunção de integração sensorial aparecem, procure o apoio de um profissional de saúde. Como acontece com qualquer problema, a chave é descobri-lo para que possa começar a tratá-lo o mais precocemente possível!
Por Regina Freitas
(Enf Especialista em Saúde Infantil e Pediatria)

Painéis e Lembrancinhas para o Dia Internacional da Mulher

O dia dedicado às mulheres está chegando... com ele, o desejo de enfeitar os ambientes pra receber as guerreiras da nossa vida... Pensando nisso, separei algumas ideias encontradas na net pra te ajudar a escolher... Alguns créditos estão nas fotos... Se divirta!

Beijoca










































Trabalhando o Livro "Os 3 porquinhos"

Tema:   OS TRÊS PORQUINHOS


Objetivos:

•    Estimular a criatividade, sensibilidade  e imaginação;
•    Promover o hábito da leitura;
•    Trabalhar conceitos matemáticos e sensoriais;
•    Estimular a linguagem oral;

Linguagem oral e Escrita: Livro “Os Três Porquinhos”

Ø Ler a história completa dos três porquinhos  explorando as imagens.
Ø Após a leitura, pergunte às crianças por que os três porquinhos precisavam de uma moradia.
Ø  Depois de ouvir as respostas comente que moradia é um importante lugar onde convivemos com nossos parentes e amigos, descansamos, dormimos, comemos, enfim, onde realizamos inúmeras atividades. É um dos primeiros espaços onde aprendemos a conviver em grupo.
Ø Falar sobre  a importância do trabalho realizado com capricho e dedicação, estimar o valor de ajudar os amigos e ser grato pelo cuidado que recebemos uns dos outros.



Linguagem musical:
Música 3 porquinhos:

Com palha eu faço a casa
Pra não me esforçar
Na minha casinha
Eu toco a flautinha
Podem rir, dançar e brincar
Que não vou me aborrecer
Mas não vai ser brincadeira
Quando o lobo aparecer

Quem tem medo do Lobo mau, Lobo mau, Lobo mau------------ Bis
Quem tem medo do Lobo mau, Lobo mau, Lobo mau------------ Bis

História “Os Três Porquinhos”.

Comece contando a história! Além do livro, confeccionei esse tapete de histórias em Feltro...
História: Contar a história utilizando o tapete de histórias ou ainda utilizando a máscara do Porquinho... 







 Trabalhando com seriação:

ü Explore outros livros que também falam de porquinhos. (EX: Um porco vem morar aqui, ou ainda, Banho no porquinho) Compare os desenhos, conduza a conversa de forma que as crianças digam as diferenças e semelhanças entre eles. Qual o maior, o menor e assim por diante.

ü  Distribuir os bonecos dos três porquinhos na mesa ,deixar a criança manipular, ordenar e brincar com elas.

ü Deixe que os organizem: Qual o primeiro porquinho a terminar a casa, e o segundo, e o terceiro? qual casa o lobo derrubou primeiro? e por último?

Contagem e recitação de números:
ü Contar os porquinhos (individualmente).
ü Distribuir os  três porquinhos na mesa  e pedir para a  criança contar.

Educação sensorial tátil: Explorar através do tato, as diferentes texturas  das casinhas. Confeccionar as casinhas com material alternativo.



   Dramatização da história“Os Três Porquinhos”.
Dramatizar a história com varas. Exemplo:

Através dessa história pode-se trabalhar ainda:
- Moradias
- Animais 
- Profissões
Com música, passeio, entrevistas, entre outros!