quarta-feira, 17 de maio de 2023

Autismo em escolas regulares, como devo trabalhar?

Problemas de comunicação, sociabilidade e processamento sensorial, são algumas características do autismo, ou Transtorno do Espectro Autístico (TEA). Você está trabalhando em uma escola regular e vai acompanhar uma criança autista, por onde você deve começar? Bom, sem dúvida, o primeiro passo a ser dado é o acolhimento dessa criança, não só na escola, mas na sua vida, afinal, por um grande período ela fará parte da tua rotina diária e é por ela que você estará desenvolvendo seu trabalho, que deverá ser da melhor forma possível. Segundo passo é ter consciência que virão dias difíceis e que devemos fugir da ideia de que a escola não é lugar para crianças com "problema". Escola é lugar de criança e, criança é criança e todas têm direito de frequentar a escola. A individualidade do aluno com TEA deve ser respeitada e reconhecida para que o aluno consiga se desenvolver em seu tempo. Existem inúmeros trabalhos maravilhosos sendo desenvolvidos por professores, dentro de escolas regulares, que têm essa consciência e esse compromisso com seu aluno. Algumas ferramentas são imprescindíveis para que tudo ocorra da melhor forma possível: o acompanhamento com profissionais o ajudarão no desenvolvimento de suas habilidades e conversar com a família fará com que se perceba a realidade do aluno, suas necessidades e como já está sendo trabalhado com a criança. Inserir o aluno numa escola regular não está, nem de longe, dizendo que tudo o que vale para os outros é válido para ele também. O TEA apresenta características próprias e devem ser respeitados em seu todo, inclusive no processo de ensino-aprendizagem. A sala de aula deve estar preparada para receber esse aluno e não estamos falando em construir grandes áreas com mirabolantes espaços! Pequenas medidas serão fundamentais para que ele se sinta parte da turma. Estratégias específicas de aprendizagem e socialização, rotina previsível e altamente visual farão com que o aluno se sinta mais seguro e, consequentemente, mais fácil será para sua compreensão. Apoio individualizado faz parte do progresso acadêmico do aluno tanto pedagógicamente quanto socialmente falando. Os recursos a serem utilizados no dia, deverão ser previamente preparados pelo professor para que, quando a aula começar tudo já esteja preparado para o aluno. Fichas com figuras são um ótimo recurso para que a criança com autismo entenda as instruções do professor e consiga responder a proposta da atividade. Entender que, muitas vezes, um ambiente ruidoso pode vir a estressar o aluno, fará com que o professor perceba o momento de sair da sala, apresentar uma atividade num ambiente mais calmo, até que o ambiente esteja propício para essa criança novamente. O comportamento de algumas crianças com autismo pode ser um desafio na escola, como uma crise de ansiedade, frustração ou hipersensibilidade sensorial. Por isso é importante perceber o que pode estar desencadeando esse comportamento para buscar estratégias para tentar reduzi-lo e/ou lidar com ele. O professor pode fazer isso, observando quando esses comportamentos ocorrem, quando começam. A conversa com o aluno e com os pais ajuda a encontrar os melhores suportes em sala de aula. Por falar em sair da sala é válido lembrar que, esse procedimento não deve ser prioridade! A criança com TEA deve e precisa de atividades coletivas. Ela precisa se aproximar de outros colegas e, promover essa interação, deve ser rotineiro e constante. O autismo na escola é um tema discutido e com inúmeras pesquisas para ajudar os professores a enfrentar esse desafio, afinal, outras associações podem ser relacionadas, como é o caso do TDAH. A rotina promove ambiente de previsão e ajudará a criança a compreender o mundo ao seu redor. Tempo estendido também são importantes para que a criança assimile melhor as informações. Embora a comunicação seja um desafio para o autista, fazer amizades é um desejo deles. Criar estratégias para que haja a socialização e a interação com a turma o ajudará efetivamente. Existem algumas estratégias básicas para que você, professor(a) que está começando com uma criança com TEA, que podem te ajduar a dar os primeiros passos. Veja só: -Crie uma rotina com a participação de todos os alunos. -Prepare a criança com autismo para qualquer alteração na rotina. -Use suportes visuais para ajudá-los a entender melhor a rotina e o dia escolar. -Simplifique a comunicação e dê tempo para que eles processem informações. -Pense em como você pode tornar o ambiente mais confortável, sem muitos ruídos. -Incorpore o interesse da criança com autismo nas atividades. -Use uma escala de estresse para transformar emoções em conceitos mais concretos. -Tenha um local seguro e tranquilo para quando sentirem ansiedade ou sobrecarga por estímulos sensoriais. -Introduza atividades que trabalhem as habilidades sociais, como rodas de conversa. -Deixe o aluno a vontade para poder sair de sala caso se sinta ansioso. -Estabeleça uma boa comunicação com os pais / responsáveis. -Essas simples, mas eficazes ações, podem ajudar crianças com autismo a se sentirem confortáveis e seguros na escola. No entanto, é importante ----lembrar que cada criança é um indivíduo e o que funciona para um aluno autista pode não funcionar para outro. O mais importante é o desejo de acolher essa criança e encontrar, com ela e com a ajuda da família e profissionais, as melhores estratégias de ensino-aprendizagem. Agora que você já sabe como trabalhar o autismo em escolas regulares, compartilhe este artigo em suas redes sociais e ajude outros profissionais!
Referências: https://institutoneurosaber.com.br/como-trabalhar-o-autismo-em-escolas-regulares/ https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-crianca-autista-na-escola-regular.htm https://diversa.org.br/inclusao-de-alunos-com-autismo-na-escola-dicas-e-exemplos-para-pratica/

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